Este é um Desafio para qualquer curso de graduação, mesmo?
E aí que você pode pensar:
“Mas eu faço Administração/Direito/Engenharia(…), não tem nada a ver com a primeira infância! Nem vou olhar esse Desafio…”
E nós te dizemos: muita calma nessa hora!
Podemos te mostrar que muitos cursos podem se envolver com a primeira infância, muito além da pedagogia e dos cursos de saúde!
No caso da Administração, os gestores como um todo, além dos profissionais da área de Recursos Humanos devem estar preparados para lidar com as mães e pais que atuam em suas empresas – desde o básico de oferecer as licenças garantidas por lei, até outras ações como: a oferta de berçários no próprio escritório, ou de auxílio para creche; realização de rodas de conversas para os pais/mães para apresentar e discutir conceitos de desenvolvimento de bebês e crianças; liberação dos pais/mães para datas importantes, como aniversários de seus filhos ou reuniões na escola; dentre várias outras.
Para saber mais sobre empresas e primeira infância, acesse:
https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/biblioteca/aposte-na-primeira-infancia
Já pensando em Marketing, é muito importante falar sobre a responsabilidade das empresas no desenvolvimento de produtos e serviços voltados para gestantes, bebês e crianças. Além disso, também há o debate sobre a questão da comunicação de marketing voltada para crianças, o que envolve a publicidade e a propaganda: hoje a comunicação para este público é auto-regulada pelo CONAR (Conselho de Auto-regulamentação Publicitária), porém algumas organizações defendem que ela seja regulada por órgãos oficiais do governo.
Para saber mais, acesse:
https://criancaeconsumo.org.br/uncategorized/leg3-conar/
https://idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/publicidade-infantil-entenda-quais-so-os-perigo
Pegando o gancho com este último assunto de regulação da comunicação, é possível envolver os estudantes de Direito, que poderiam apoiar neste debate. Outra campo de interesse pode ser a evolução das variadas instâncias do Sistema de Justiça no apoio à Infância (como as Varas de Infância e Juventude, Promotorias de Justiça, Defensorias Públicas, Núcleos de Atendimento Psicológicos e de Assistência Social). Neste contexto, o CNJ firmou em 2019 o Pacto Nacional pela Primeira Infância, envolvendo diversos atores que integram a rede de proteção à infância no Brasil. O objetivo é “fortalecer as instituições públicas voltadas à garantia dos direitos difusos e coletivos previstos na legislação brasileira e de promover a melhoria da infraestrutura necessária à proteção do interesse da criança, em especial, da primeira infância, e à prevenção da improbidade administrativa dos servidores públicos que têm o dever de aplicar essa legislação” .
Para saber mais sobre o Pacto, acesse:
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/pacto-nacional-pela-primeira-infancia/
No caso dos estudantes de Economia, voltamos a citar o estudo do economista James Heckman, que ganhou o prêmio Nobel no ano de 2000. Ele defende que o investimento mais rentável de qualquer governo é o direcionado para a primeira infância, dado que a “construção de habilidades no início da vida das crianças impedem a defasagem no aproveitamento escolar e promovem a igualdade de renda através de habilidades e iniciativa pessoal”. Seguindo esse conceito, em 2018 o G20 (grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia) inaugurou um GT sobre primeira infância, exatamente com o objetivo de ampliar suas iniciativas para o desenvolvimento desta etapa da vida, dotando-a de um enfoque multidimensional. Com isso, os países do G20 acreditam que será possível construir capital humano para romper o ciclo de pobreza intergeracional e estrutural e, ao mesmo tempo, reduzir as desigualdades, especialmente onde as crianças pequenas são as mais vulneráveis.
Podemos falar sobre a turma da Arquitetura, do Urbanismo e da Engenharia Civil, que pode aplicar seus conhecimentos para planejar e construir cidades mais verdes e amigáveis para os bebês, as crianças e seus cuidadores. Este é um dos dois temas deste Desafio, e você pode ver mais informações aqui.
Por fim, por que não mencionar os cientistas de dados, que certamente agregariam muito na construção e gestão de bancos de dados voltados para analisar questões relacionadas a primeira infância, como saúde, bem estar, cidades, educação, dentre tantas outras.
Enfim, citamos apenas alguns exemplos aqui com objetivo de mostrar que este Desafio pode (e deve!) envolver diversos cursos, de forma integrada, para ampliar seu potencial de impacto. O trabalho multidisciplinar é a chave para que a Primeira Infância realmente seja cuidada e amparada da forma que merece!
E aí? Se animou? Fale com seus amigos de outros cursos e/ou de outras Instituições de Ensino! Crie seu projeto, e venha com a gente nesta jornada!